segunda-feira, 30 de maio de 2016

A liberdade que encontrei no feminismo (desabafo)



Fênix: simboliza, também, o renascimento.

Semana passada foi um pouco duro ser mulher, não que desde "Eva" não seja, mas tal semana foi insuportavelmente cruel com nós mulheres... Foi a semana que nos deparamos com os horrores que a sociedade patriarcal causam: estupro, descrença, agressões, todo tipo de violência... Logo percebi que eu não sou mais a mesma, não consigo ri da mulher que e feita de chacota, não acho engraçado as piadinhas machistas, não desce a garganta as postagens culpando o funk, a roupa, a mãe, a avó, etc... A culpa é de TUDO, menos do estuprador (o macho)...  Os humoristas misóginos perderam a graça, os amigos machistas perderam a graça, algumas postagens perderam a graça, porque o alvo é sempre as minorias, onde não se tem muita voz, nunca se teve... Há tempos que não concordo com a maioria e isso causa incomodo, estranheza, sou tida como "problematizadora", como  "chata", "alienada"... Minhas crenças divergem, diverge da opinião de alguns grupos, diverge da família, diverge do senso comum... Percebi essa semana que mudei muito, mudei pra melhor, que compreendi o espaço que me foi dado desde que nasci e a importância que tenho em descontruir ele. A nós não foi dado nada, só descrença, somos subjugadas, amordaçadas, silenciadas e ainda há quem tenha dúvida da importância do feminismo... Não temos representatividade no espaço público, não temos voz no espaço privado, não temos ninguém ao nosso lado a não ser nós mesmAs. Me sinto mais angustiada, um pouco niilistas e bastante existencialista, porém me sinto livre, não tenho obrigação de falar nada pra agradar pessoas, não me importa ser aceita ou não, me importa dá voz as minorias e entre elas as mulheres! Avante manas e sempre juntas! O feminismo liberta (e descontrói).

Em tempo, deixei de seguir algumas pessoas nas redes sociais, me fez bem, muito BEM!
 
Sobre a autora: Tatiane Rafailov é Psicóloga Clínica, feminista e mãe. Adora cinema, séries e cultura POP. Nas horas vagas escreve bobagens, devaneios, poesias e coisas sérias para extravasar a difícil tarefa de ser e existir. 

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